sábado, 19 de dezembro de 2009

[IN] FELIZ ANO NOVO!



Estamos na contagem regressiva, tanto para o fim do ano quanto para o fim dos tempos.
Profecias à parte, essa é uma fase meio triste pra mim. Todos os anos são assim. Os meses de novembro e dezembro, definitivamente, não são os melhores da minha vida, justamente por antecederem o fim.
Eu sofro de uma espécie de nostalgia precoce. Fim de ciclos me chateaim, mesmo com a visão de um futuro promissor e todo aquele discurso sobre a evolução, a troca de ano não me agrada.
Sei que é inevitavel, necessário e tudo o mais, também não sou tão retardado assim; e outra, em janeiro isso passa. (Ou não, porque ficarei mais velho mês que vem. Outro ciclo/ idade/ fase/ tempo/ habitos se fechando. Puta merda!)
Será que só eu sou assim? Seu peito também aperta quando, ainda no começo de novembro você se depara com os primeiros enfeites natalinos nas lojas e casas espalhadas pela cidade?
O meu aperta. E o cheiro de natal?! Eu super sinto e só me permito senti-lo em dezembro, quando estou de férias! Antes disso, esse odor que fica no ar me causa um pequeno desespero. É o cheiro do fim.
Falando em férias, entrarei de férias na terça-feira e volto a trabalhar já no dia 6 de janeiro. Férias coletivas.
Provavelmente meus pais e eu iremos a Montes Claros, Minas Gerais, visitar uns parentes, e se tudo correr bem, ainda passaremos em uma cidade na Bahia para cumprimentar outros tios.
Mas meu pai é muito enrolado, só saberemos mesmo um dia antes da data prevista.

No mais as coisas estão em ordem.


Mesmo com a minha insatisfação do "adeus ano velho", desejo a todos paz e inúmeras realizações para o ano novo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O APANHADOR NO CAMPO DE SOJA


Depois de a renomada obra norte-americana, "O apanhador no campo de centeio" do J. D. Salinger, eu lanço a mais nova adaptação latino-americana, pós-moderna-ultra-contemporânea: "O apanhador no campo de soja". (Rs..)
Ah! Uma coicidência: Salinger e eu somos capricornianos.
Ele Nasceu no dia 1º de janeiro de 1919, e eu no dia 8 do mesmo mês.
Praticamente gêmeos, não?! (Hahaha..)

Só para descontarir um pouco.

;)

Até!

terça-feira, 26 de maio de 2009

DOSES DIÁRIAS DE CAFÉ NUTREM A "ENGRENAGEM"


Que a cafeína possui propriedades energéticas, não é novidade para ninguém. Mas eu não conhecia tanto do seu poder.
Ontem, enquanto lia a matéria de capa da última edição da revista Época (Ed. Globo), com o título "Comer bem para viver melhor", descobri que a tradicional bebida matinal é mais poderosa do que imaginavamos.
De acordo com a reportagem, a pesquisa realizada por cientistas suecos que acompanharam 1.409 pessoas por mais de 25 anos, conclui que o cafézinho tem o poder de diminuir em 65% os riscos de Alzheimer se tomarmos de 3 a 5 xícaras por dia. Bom lembrar que não se trata de um remédio, até porque essa doenção não tem cura; mas sim de uma bebida previntiva.
O Alzheimer ou Mal de Alzheimer, como é conhecido, é uma forma de demência regenerativa que afeta senhores com mais de 65 anos. Embora haja casos de pessoas com menos de 60 anos, o quadro é mais comum entre os mais velhos. Pesquisas afirmam ainda que 3 a 4 xícaras diárias proporcionam mais prazer a vida e 1 xícara, apenas, ativa o cérebro para qualquer atividade. Ou seja, o café é praticamente o exilir da "engrenagem".

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

UM TAPA DE CIVILIZAÇÃO


Eu havia esquecido que existem pessoas sensatas nesse mundo.
Hoje de manhã perdi a carona do meu tio e tive que seguir a pé para o trabalho.
No caminho presenciei um senhor que, passeando com seu cachorro, recolhia cuidadosamente os dejetos do animal com uma sacolinha plástica de super mercado. Sempre soube que esta é a medida correta, mas em todos esses meus 22 anos, nunca tinha visto coisa igual.
Até eu que já tive cachorro e sempre fui conscinte disso, nunca andei com sacolinhas, mesmo sendo vítima das "dinamites" depois. É vergonhoso admitir, mas..

Pois é. Além de saber que são pouquíssimas as pessoas que se preocupam com isso e com o próximo, não esperava encontrar um senhor, logo um senhor com cerca de seus 60 anos, tão disposto e preocupado com a limpeza das ruas.

Na verdade, a medida correta é andar com saquinhos de papel ou plástico biodegradável, não essas sacolas plásticas convencionais que guardamos do super mercado. Elas demoram cerca de 100 anos para se decompor, enquanto o cocô apenas 7 dias.
Tudo isso depois acarreta num certo desequilíbrio ecológico e por ai vai, enfim. Não vou entrar na questão sobre o despacho ecologicamente correto do material e tudo o mais, até porque não sei muito também.
Mas nem por isso achei menos nobre a atitudo do velhinho.

Só queria dizer que fiquei contente em ver aquela cena. Por menor e incompleto que tenha sido o ato daquele senhor, ele não deixou de agir bem, dando um tapa de civilização e boa conduta em todo mundo.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

POLÍTICA DE COTAS CONTINUA EM DEBATE


Cinco anos após a aprovação, projeto ainda é alvo de debates


A implantação do sistema de reserva de vagas para negros nas universidades do Brasil teve início em 2001 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Três anos depois, o Projeto de Lei nº 3.627/2004, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estendeu a idéia às universidades federais de todo o país. Hoje, anos após a aprovação, o sistema segue gerando polêmica e dividindo opiniões sobre o tema, além de ampliar o debate sobre o racismo.
Segundo o Prof. José Jorge de Carvalho, do Departamento de Antropologia da UnB – primeira federal a adotar a política de cotas – um dos principais motivos para existência do projeto se justifica através de uma pesquisa realizada por ele cujos dados apontam para um desequilíbrio alarmante num país em que, de acordo com o IBGE, 45% da população é negra: 97% dos atuais universitários brasileiros são brancos, contra 2% de negros e 1% de amarelos. Ainda de acordo com o instituto, estima-se que em cada 100 negros, 90 morem em periferias e na zona rural. Eles também recebem os menores salários do país. Recentemente, o assunto foi um dos temas do seminário de comemoração dos 30 anos do Movimento Negro Unificado (MNU). O coordenador do grupo em São Paulo, Reginaldo Bispo, defendeu a política de cotas afirmando que “até hoje não existe nenhum governo que implantou uma medida satisfatória para os problemas dos negros”.
“A começar pelo dinheiro público mal administrado, em que 70% são investidos nas causas que beneficiam a classe branca média e alta, ou seja, a minoria da população brasileira; e apenas 30% restantes para os menos favorecidos, que compõem a maior camada. Com esse desequilíbrio social, os que têm mais continuam ganhando e os que não têm nada, no máximo, continuarão sobrevivendo. Não há política pública que resolva isso. É preciso de investimento pesado para inverter essa lógica governamental”, comentou Bispo.
De acordo com Henrique Cunha Lima, também militante do Movimento, pesquisador das causas negras e professor da Universidade Federal do Ceará, o país precisa de uma análise estrutural para enxergar melhor o seu povo. Isso se aplica também às universidades onde as cotas se fazem necessárias para mudar a estrutura universitária que, em sua maioria, são dirigidas e compostas por brancos. “Essa reestruturação inclui uma reforma nas bibliotecas que possuem pouco material de cultura africana e autoria negra”, sugere.
Ainda segundo ele, a política de cotas tem obtido resultados concretos. Os cotistas têm médias superiores aos demais alunos e o número de evasão é inferior ao dos que não entraram por cota. “Um bom exemplo para isso é a Unicamp. 60% dos estudantes de medicina da Universidade de Campinas são negros. Isso já é um sinal de vitória”, finalizou o professor.

Visões distintas

Como toda medida de impacto, o assunto não é consenso. Para Piero Chiaretti, branco, estudante de Ciências Sociais da USP, a idéia é diferente. “Esta medida não passa de uma solução paliativa do governo, que finge tentar amenizar o problema da discriminação racial, quando o problema na verdade é de desigualdade social e acesso a boa educação. O Brasil não precisa de cotas, mas sim de educação de qualidade para todas as camadas sociais”, afirmou o estudante.
Outros alunos também não estão de acordo com a política pública. “Além de uma forma de preconceito com eles mesmos, pois todos têm capacidades intelectuais iguais, o branco pobre, acaba perdendo com isso”, disse Maíra Ortega, aluna de Letras da USP. Paulo Vasconcelos, branco, estudante de Letras da mesma instituição, afirma que a princípio é contra a medida, pelos mesmos motivos justificados pela colega Maira, mas reconhece ainda não ter uma opinião formada sobre o assunto. Para o aluno Matheus Arruda, branco, o sistema de cotas não é uma atitude positiva. ”Negro precisar de cota já é uma forma de preconceito. Todos têm os mesmos direitos e eles lutam por isso. Se você privilegia uma raça por questões sociais, acaba prejudicando o outro que, pelo fato de não ser negro, deixa de concorrer igualmente”.
Já Thiago Silva, negro, é a favor das cotas, mas acredita que existe outra forma para resolver a situação de inclusão.“Não precisei da cota para entrar no meu curso. Embora eu seja a favor das cotas, porque entendo toda a problemática do negro, tenho minhas objeções a respeito”.

Dívida histórica

Apesar de também não ter utilizado as cotas como meio de acesso à universidade, Sandra Santos, relações públicas que trabalha há três anos no Centro de Memória da Unesp, se diz a favor do sistema por acreditar que o debate seja essencial para a sociedade pensar a questão. “Enquanto não se falar, se maquiar, as pessoas não vão tomar conhecimento dessa questão que precisa ser refletida, precisa ser pensada com propostas. Esse embate no sentido positivo só tem a crescer e a ganhar tanto para quem participa quanto para quem está à margem dessa informação. O debate é necessário, precisamos falar mesmo, precisamos agir. Enquanto não tiver política de cotas, ninguém vai tomar conhecimento”.
Sobre as opiniões contrárias a política de reserva de vagas para negros, ela acredita que a contradição seja necessária. “Um país que precisa de uma política de cotas é porque há problemas. Não haveria necessidade se houvessem oportunidades democráticas. Somos um país democrático, porém na prática você percebe que a elite branca está sempre na berlinda, comandando o poder. E quem está a margem histórica da sociedade está sempre em desvantagem. É evidente que existem pessoas que, como eu, se sentiram incomodadas por participar de um processo de inclusão que deveria ser natural”, alega.
Na discussão do problema, ela vai mais à fundo ao afirmar que o país tem uma dívida histórica com a população negra que precisa ser reparada. “Judeus que sofreram com o holocausto foram indenizados anos depois. Mas quando se fala da escravidão, famílias e povos que vieram à força, porque não serem indenizados? Precisamos pensar numa maneira de reparação econômica, ter um debate específico. As cotas é um ponto na parte educacional. Segundo as pesquisas, a defasagem econômica da população negra com relação a branca vai demorar 30 anos para ser equiparada. Se o salário é inferior, porque não equiparar. A questão é pontual, não tem melindres. Então precisamos equiparar já”, protesta.
Para o historiador João Vargas, a política de cotas é um direito conquistado por parte do movimento negro, justificado pela trajetória histórica destes povos no país. “Ao longo de séculos em que foram escravizados, criou-se um direito maior a algum tipo de reparação e as cotas são uma forma de fazer isso. Ao se instituí-las, se coloca diretamente o debate sobre a desigualdade”, comenta.
Apesar de possuir uma opinião consolidada sobre o assunto, Vargas reconhece que, particularmente, considera tal política um “equívoco”. “Deveriam existir cotas nas esferas em que não há uma seleção democrática, em que não existam regras claramente previsíveis, como na iniciativa privada, onde muitas vezes se escolhe até a cor do olho. É neste ponto que cabe ao Estado se colocar para acabar com esse tipo de discriminação. Embora eu tenha essa posição sobre as cotas nas universidades públicas, aceito-as por essa razão. Jamais votaria contra isso”, explica categoricamente.

Experiência

Mais de duas décadas de trabalho transitadas entre a embaixada dos EUA no país, uma multinacional farmacêutica e a mais recente experiência como professor de ONG americana SIFE no Brasil possibilitaram ao professor negro Durval Arantes obter uma visão ampla da realidade dos negros no mercado de trabalho e em sala de aula.
A respeito da política de reservas de vagas para negros nas universidades, Arantes afirma ser a favor da análise do contexto histórico e estatístico que gerou a demanda das cotas. Segundo ele, se tivesse havido um planejamento racional e a longo prazo no período pós-escravidão voltado para a inserção mapeada do contingente dos libertos, a partir de 1850, a polêmica em torno do assunto não estaria sendo discutida no presente.
Para o professor, o debate em torno do assunto sobrepõe as barreiras da universidade. “As cotas apontam para o futuro e para o alto; é opção pela melhoria pessoal, pela competitividade, da busca ordenada pela qualificação e inserção no mercado de trabalho, o caminho (o da educação), que as nações mais desenvolvidas encontraram para ter um PIB de alguns trilhões de dólares. Se o Brasil quer mesmo se inserir no rol dos países desenvolvidos, precisará fazer a lição de casa e elevar consideravelmente o nível de IDH de pelo menos 40% de sua população, transformá-los em contribuintes e investidores, educá-los, capacitá-los a circular e produzir renda, etc... E tente adivinhar quem é a grande maioria destes 40%...”, sugere.
Ampliando a discussão para o mercado de trabalho, Arantes comenta que o preconceito sempre existiu e não deixará de existir nos diversos nichos das relações sociais, mas aposta na dinamicidade do mercado globalizado. “Diversidade passou a ser um item de vantagem competitiva de uma empresa sobre a outra, e por isso mais e mais corporações aperfeiçoam esta ferramenta em suas estratégias de negócio e quem ficar patinando sobre este quesito com certeza perderá receitas. E perderá o trem da história também! Hoje em dia, quem gosta de lucro não olha pra cor da mão de quem paga a conta”, enfatiza.
Ainda de acordo com o professor, o debate em torno das cotas só será minimizado com a criação de políticas públicas direcionadas aos negros do Brasil que promovam a cidadania de forma justa, equilibrada e sustentável. “Posso especular que um planejamento articulado neste sentido, no presente, pode significar o fim das tais cotas no futuro. Uma chance de se aprender com os erros cometidos no passado. A questão étnica no Brasil é uma verdadeira Caixa de Pandora tupiniquim e tenho elementos para crer que depois dos EUA e da África do Sul o nosso país será o próximo a sofrer um grande e profundo questionamento racial em todos os seus aspectos. O problema é assintomático, mas está à espreita”, finalizou.
Independente de para qual eixo gire o debate, os verdadeiros resultados do sistema de reserva de vagas para negros nas universidades federais só serão conhecidos em 2014, data marcada para a revisão da lei e a para a publicação de um estudo oficial apresentando os impactos dos negros nas universidades, uma década após a aprovação do projeto homônimo.

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Trabalho de conclusão apresentado para avaliação do rendimento acadêmico no curso de extensão em Jornalismo e Políticas Públicas Sociais, coordenado pelo Prof. Dr. José Coelho Sobrinho, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

Por:
Felype Falcão Pereira
Victor Rodrigues B. Silva

São Paulo, 02 julho de 2008.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

CRESCER NÃO É UMA TAREFA FÁCIL


Viver não é uma tarefa fácil e crescer dói muito. Não só os ossos durante a infância, adolescência, e etc. Tudo dói.
Recordar, por mais gostoso que seja, também é doloroso.
Por mim, jamais deixariamos de ser espermatozóide. Seria tudo mais fácil.
Não me venham com a história de que " o que seria da rosa se não houvesse espinho", "é caindo que se levanta", histórias da evolução e outras coisas do tipo. Nada disso me convenceu ainda que há prazer na inconstância da vida.
Se desde sempre, até hoje, e, creio que por todo o sempre, o que páira sobre a terra é a EGOnorância, não vejo motivos consideráveis para mudanças.
Quem gosta de desafio é gladiador, e eu nunca pensei em ser.
Antes de encarnarmos, poderiam nos oferecer pacotes simples de estilo de vida, tipo aqueles que as operadores de telefonia vendem, como o conta o fixa - meu jeito sempre, por exemplo.
Assim todos viveriam ao seu modo e não teríamos motivo pra reclamar.

Mudanças, finais de ciclo, recomeços, nunca foram bem vindos pra mim. Sem contar a boa dose
de paciência e bom senso que necessitamos nos munir diariamente para relevarmos os "probleminhas da vida".
Por isso repito: Viver não é uma tarefa fácil, e creScer dói muito.